Identidade de Cristóvão Colombo

    Cristóvão Colombo (Colón) ficou conhecido como o revelador das misteriosas terras a ocidente do Oceano Atlântico, embora tenha somente visitado algumas ilhas. 

    No entanto, a sua origem é uma incógnita. Os primeiros registos que existem, são de que, após o naufrágio da embarcação onde seguia, na década de 1470, chegou a nado à costa portuguesa. Sabe-se que durante os primeiros anos em Portugal, integrou várias viagens pelo Atlântico. Em 1479 Colombo casou com D. Filipa Moniz, comendadora da Ordem de Santiago, cujo pai, Bartolomeu Perestrelo, foi um dos povoadores e capitão donatário da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, em Portugal, onde Colombo também viveu.
    Da união nasceu um filho em 1480, Diogo Colombo. Ficou viúvo em 1485, a partir daí viveu em Castela, onde foi amante, em viúvo, de Beatriz Enríquez com quem teve um filho, em 1488, Fernando Colombo. Colombo ofereceu os seus serviços aos reis de Castela para alcançar terras do oriente por via oeste. Em 1492 Colombo chega às “Índias” (Colombo havia chegado às ilhas das Caraíbas).


    Em vida, não existem registos concretos que esclareçam esta dúvida, tendo sido algo que ele sempre tentou esconder. O seu testamento apresenta muitas características de ter sido falsificado. Apresentamos aqui alguns tópicos que pretendem mostrar um Cristóvão Colombo de nacionalidade portuguesa…

    Alguns dos seguintes factos, tiveram como base a leitura do livro: O Mistério de Colombo revelado, de Manuel Rosa, assim como de recolha de várias fontes, como Manuel Luciano Silva e referências Carlos Fontes (lusotopia).


    O primeiro documento referindo Cristóvão Colombo em Espanha, é um documento de 5 Maio 1487 de um "pagamento feito a Cristóvão Colombo extrangero".

    Casou com uma fidalga portuguesa, algo pouco provável para um estrangeiro comerciante.

    Revelou ter conhecimentos científicos, e falava mais que uma língua, algo pouco provável para um cidadão da classe média.

    Participou em viagens secretas ao serviço da Coroa portuguesa pelo Atlântico. As próprias referências que utilizou na sua 1ª. Viagem à América (1492-1493) foram desenvolvidas em Portugal e constituem conhecimento avançado daquele período.

    Quando Bartolomeu Dias, em 1488, regressou da sua viagem ao cabo da Boa Esperança, embora estivesse há quatro anos em Espanha, desloca-se a Lisboa para assistir à sua chegada, falar com o rei, navegador, estudar légua a légua a rota seguida, etc. Esta viagem foi mantida em segredo pelos cronistas portugueses do tempo, a sua divulgação ficou-se a dever ao próprio Colombo.

    Colombo escrevia em português ou Castelhano (aportuguesado), nunca em italiano ou latim.

     Nunca foi identificado como italiano ou genovês, nos 21 anos que esteve em Castela, o mesmo acontecendo com os dois irmãos.

       Toscanelli, em correspondência com Cristóvão Colombo, escreveu: "Não me surpreende, pois, por estas e por muitas outras coisas que sobre o assunto poderiam ainda dizer-se, que tu, que és dotando de uma tão grande alma, e a muito nobre nação Portuguesa, em que todos os tempos tem sido sempre tão enobrecida pelos mais heróicos feitos de tantos homens ilustres, tenhais tão grande interesse em que essa viagem se realize."

    Joan Lorosano, personalidade da corte espanhola, refere que Colombo é "um tal que afirmam ser lusitano"

    O Pleyto de la Prioridad 1532, pelos filhos de Pinzón, duas testemunhas, Hernán Amacho e Alonso Belas referiram-se a Cristóvão Colombo como "o infante de Portugal".

    Presidente da Real Sociedad de Geografia (na altura) Ricardo Beltrán e Rózpide escreveu: "el descobridor de América no nació en Genova y fué oriundo de algún lugar de tierra hispana situado en la banda ocidental de la Peninsula entre los cabos Ortegal y San Vicente".

    Em correspondência trocada com D. João II, este refere-se a Colombo como: meu fiel amigo (um pouco estranho se D. João II tivesse recusado os seus intentos).

    Em Castela, Cristovão Colombo sempre foi conhecido como português (nos pagamentos capitulo 2 do contador-mor Janeiro de 1486, este chamou "português" duas vezes, mas o nome foi deixado em branco.

    A Condessa de Lemos escreveu numa carta, que Colombo era seu sobrinho, carta reescrita por D. Duarte de Almeida (Perestrelo) ao rei D. João III.

    Estadia demorada de Cristóvão Colombo em Portugal depois da vinda do "Novo Mundo", para falar com tempo e dos pormenores da viagem, com João II, aproveitando depois, para ver alguma da sua família. (passou vários dias em Portugal antes de comunicar a notícia aos reis de Castela)

    Vários nomes dados às terras descobertas por si, com origem portuguesa (ex: Cuba-  vila portuguesa)

    Títulos de Cristóvão Colombo foram dados, depois da morte, a descendentes da coroa portuguesa e nunca a italianos.